13 março 2012

Para nunca mais esquecer

É assim que o Figueirense deve encarar daqui pra frente a partida contra Joinville. Deve estar bem viva na cabeça de todo mundo, jogadores e comissão técnica. Devem lembrar de como não fazer, de como não jogar, de como não se comportar e agir quando está vencendo um adversário com um placar elástico ainda no primeiro e boa parte do segundo tempo.

Mesmo com o Joinville partindo pra cima no início da partida, mostrando a que veio, o impeto do time da cidade do balé foi quebrado em seguida, antes dos 15 minutos da primeira etapa. A partir daí o Figueirense tomou conta do jogo e construiu o que parecia ser o placar definitivo ao natural. Poderia ter aumentado essa vantagem se tivesse caprichado um pouco mais e/ou contasse com uma ajuda do goleiro do Joinville, que mesmo levando três, não fazia uma má partida.

Tudo caminhava rumo a glória: o adversário não esboçava qualquer tipo de reação, mais uma vitória na conta, liderança do returno, disparando na classificação geral, festa da torcida com tudo o que tem direito. Vinha caminhando. Num apagão generalizado, em aproximadamente 10 minutos o Figueirense acordou o Joinville e o mar de almirante virou uma tormenta sem fim. O JEC encostou e por muito pouco não virou o placar.

Não dá pra apontar um culpado. Seria injusto responsabilizar um ou dois nomes pelo empate catastrófico, já que o time inteiro caiu de assustadoramente de produção. Entretanto, mais uma vez, é preciso dizer que o sistema defensivo deu pane e pagamos por isso. Branco, a meu ver, mexeu errado ao colocar Luiz Fernando no lugar de Aloísio. Ele pediu pra sair, é verdade, então, por que não colocar outro atacante? Como alguns atletas já estavam cansados e o sistema defensivo adversário não tinha mais aquela preocupação com o camisa 9 lá frente dando trabalho, facilitou ainda mais o avanço do time do norte catarinense. Tanto foi, que Branco acusou o golpe e corrigiu em seguida, voltando ao esquema tradicional, colando Franco ao lado de Julio César e Doriva para recompor a marcação. Empate amargo.

Ainda temos uma boa gordura na classificação geral e chances totais de conquistar o turno. A invencibilidade permanece e continuamos com o melhor elenco. Porém não somos imbatíveis e temos adversários (poucos) que podem nos causar problemas na competição. É preciso redobrar a atenção. O jogo serviu de lição. Menos mal que foi no momento em que o prejuízo foi de certa forma brando. Não dá pra bobear mais uma vez. A próxima, pode custar algo maior e sem volta. 

01 março 2012

Notas de quinta-feira

Criciúma venceu bem o Ibirama e quem assistiu gostou do que viu. Ainda acredito que o Tigre não chegue muito longe com esse time.

Metropolitano segue incomodando os adversários.Vai dar muito trabalho ainda. Até o Pelezinho, jogador de reconhecida qualidade pelas bandas do sul da ilha, é o artilheiro do Estadual. Que coisa!

Como havia dito no twitter, gostei  muito da participação do Sandro na partida de ontem. Da próxima vez, só troca a cor da chuteira, mo quirido!

Na partida de sábado, além de receber a taça de campeão do turno, Ygor completa 100 jogos com a camisa Alvinegra. Um dos melhores da posição que já vi jogar no Scarpelli, sem dúvida.

Figueirense fez 31 gols em 10 jogos. 19 de saldo. 9 só contra o Marcílio. 

Tem torcedor que prefere confabular sobre as mais sórdidas teorias conspiratórias que sempre beneficiam o Figueirense a cobrar e exigir resultados melhores das pífias campanhas que seu time amarelão vem praticando  nos últimos anos.

Vejo torcedores empenhados em apontar os erros, cobrar resultados e exigir mudanças no modo de gerenciamento do clube. Mas a ala lunática prefere atribuir todo os insucesso do clube dos últimos anos a erros de arbitragem e supostos favorecimentos a seu maior rival. Se não fosse doentio, seria nojento.

99,9% dos textos escritos pelo cidadão só falam do Figueirense. Se não fosse loucura, diria que isso é amor.

A diferença entre Brazil Soccer e LA Sports é que o Tombense da empresa paranaense fica em Florianópolis, no Sul da Ilha. Alguma dúvida?

Goiano ou Araújo? Parece que é Márcio. Fica Ovelha!

O líder vai bem, obrigado

E a vítima da vez foi o Marcílio Dias. Numa partida tranquila, o Figueirense foi a Itajaí com um mistão e sapecou mais uma goleada no Estadual. É bem verdade que o adversário não pode servir de referência pra muita coisa. O Marinheiro montou um dos piores times dos últimos anos, vive uma turbulência administrativa daquelas e como consequência de toda essa crise,  foi presa fácil novamente neste campeonato.

Mesmo o adversário sendo muito fraco, gostei bastante da postura do time como um todo, principalmente  dos "substitutos". Sandro demostrou ser tranquilidade e seriedade. Marca e se antecipa bem. Muito cedo pra fazer qualquer avaliação sobre o jovem zagueiro mas merece outra oportunidade entre os titulares. Léo foi incisivo no apoio ao ataque, sempre participativo na construção das jogadas na direita. Tem tudo pra deixar Pablo no banco. Botti pode acrescentar. É bom passador, se movimenta bastante e  tem boa visão de jogo. Toró jogou muito também. Muita raça, muita vontade e bons passes. É outro que evolui a cada jogo. Guilherme Santos vem numa crescente e Alóisio...que fase!

Deixando um pouco as individualidades, o coletivo apresentou melhoras. Volto a frisar: mesmo o Marcílio sendo um adversário que não marca e deixa espaço para o oponente jogar, o sistema defensivo teve uma melhora na postura em campo. A marcação foi mais eficiente, tanto no meio quanto nas laterais, facilitando a vida dos zagueiros que puderam jogar com um pouco mais de tranquilidade. O meio estava bem compactado e o ataque é um capitulo à parte. Dispensa comentários.

Outro que agradou bastante foi Branco. Não tentou inventar a roda. Fez o que deveria ser feito, sem mirabolâncias. Foi prático e direto: entrou quem deveria entrar, tanto no time titular quanto no decorrer da partida, corrigiu alguns aspectos no posicionamento do time. Impressionou positivamente dando um puxão de orelhas em Aloísio quando pensou em fazer firulas e cobrando dos jogadores quando as jogadas de ataque não davam certo, mesmo com o placar já sacramentado. Mostrou-se focado e determinado na busca pelo título do returno. Pelo visto, o jeito Professor Pardal de agir foi apenas uma fase. Ainda bem.

Pra não dizer que tudo foi impecável,  o árbitro errou ao validar o gol contra em que Aloísio participou e de fato estava impedido. E se tivesse sido invalidado, o Figueirense ganharia o jogo com folgas de qualquer forma, pela fragilidade da defesa e ausência qualquer tipo de poder de reação durante os 90 minutos do Marcílio Dias. Chegou com perigo apenas em um lance o jogo inteiro, porém quando se precisa de goleiro, Wilson deu conta do recado. Costumo dizer que Héber é o jogador mandrião: chuta bem, é muito veloz mas some durante a partida. Aparece num lance perigoso e se esconde o jogo inteiro. Se fosse mais participativo, brigaria forte entre os 11. Tem potencial pra ser um grande jogador. Parece faltar vontade ao garoto. Acorda, Héber!

Uma coisa que me deixa otimista é ouvir declarações de que muito precisa ser aprimorado e que alguns aspectos precisam evoluir. Mostra que há uma preparação e preocupação por parte de comissão técnica e jogadores para os próximos jogos do returno e até visando as demais competições que o Figueira disputará,  muito mais competitivas que o Catarinense. O caminho está sendo bem trilhado e tomara que o discurso seja mantido na prática. Sábado é dia de enfrentar o nosso maior calo de Santa Catarina dos últimos anos. Sábado é dia de receber a taça.