01 março 2012

O líder vai bem, obrigado

E a vítima da vez foi o Marcílio Dias. Numa partida tranquila, o Figueirense foi a Itajaí com um mistão e sapecou mais uma goleada no Estadual. É bem verdade que o adversário não pode servir de referência pra muita coisa. O Marinheiro montou um dos piores times dos últimos anos, vive uma turbulência administrativa daquelas e como consequência de toda essa crise,  foi presa fácil novamente neste campeonato.

Mesmo o adversário sendo muito fraco, gostei bastante da postura do time como um todo, principalmente  dos "substitutos". Sandro demostrou ser tranquilidade e seriedade. Marca e se antecipa bem. Muito cedo pra fazer qualquer avaliação sobre o jovem zagueiro mas merece outra oportunidade entre os titulares. Léo foi incisivo no apoio ao ataque, sempre participativo na construção das jogadas na direita. Tem tudo pra deixar Pablo no banco. Botti pode acrescentar. É bom passador, se movimenta bastante e  tem boa visão de jogo. Toró jogou muito também. Muita raça, muita vontade e bons passes. É outro que evolui a cada jogo. Guilherme Santos vem numa crescente e Alóisio...que fase!

Deixando um pouco as individualidades, o coletivo apresentou melhoras. Volto a frisar: mesmo o Marcílio sendo um adversário que não marca e deixa espaço para o oponente jogar, o sistema defensivo teve uma melhora na postura em campo. A marcação foi mais eficiente, tanto no meio quanto nas laterais, facilitando a vida dos zagueiros que puderam jogar com um pouco mais de tranquilidade. O meio estava bem compactado e o ataque é um capitulo à parte. Dispensa comentários.

Outro que agradou bastante foi Branco. Não tentou inventar a roda. Fez o que deveria ser feito, sem mirabolâncias. Foi prático e direto: entrou quem deveria entrar, tanto no time titular quanto no decorrer da partida, corrigiu alguns aspectos no posicionamento do time. Impressionou positivamente dando um puxão de orelhas em Aloísio quando pensou em fazer firulas e cobrando dos jogadores quando as jogadas de ataque não davam certo, mesmo com o placar já sacramentado. Mostrou-se focado e determinado na busca pelo título do returno. Pelo visto, o jeito Professor Pardal de agir foi apenas uma fase. Ainda bem.

Pra não dizer que tudo foi impecável,  o árbitro errou ao validar o gol contra em que Aloísio participou e de fato estava impedido. E se tivesse sido invalidado, o Figueirense ganharia o jogo com folgas de qualquer forma, pela fragilidade da defesa e ausência qualquer tipo de poder de reação durante os 90 minutos do Marcílio Dias. Chegou com perigo apenas em um lance o jogo inteiro, porém quando se precisa de goleiro, Wilson deu conta do recado. Costumo dizer que Héber é o jogador mandrião: chuta bem, é muito veloz mas some durante a partida. Aparece num lance perigoso e se esconde o jogo inteiro. Se fosse mais participativo, brigaria forte entre os 11. Tem potencial pra ser um grande jogador. Parece faltar vontade ao garoto. Acorda, Héber!

Uma coisa que me deixa otimista é ouvir declarações de que muito precisa ser aprimorado e que alguns aspectos precisam evoluir. Mostra que há uma preparação e preocupação por parte de comissão técnica e jogadores para os próximos jogos do returno e até visando as demais competições que o Figueira disputará,  muito mais competitivas que o Catarinense. O caminho está sendo bem trilhado e tomara que o discurso seja mantido na prática. Sábado é dia de enfrentar o nosso maior calo de Santa Catarina dos últimos anos. Sábado é dia de receber a taça.

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