Não mudei de opinião. Muito pelo contrário, reafirmo com toda a convicção o que escrevi no post passado: mesmo não sendo garantia de sucesso, atualmente o Figueirense tem o elenco de melhor qualidade do Estado. Prova disso é que perdemos apenas um jogo até agora e estamos conquistando pontos não por ter um esquema tático (???) eficiente ou um time encaixado e entrosado. Vencemos pelos talentos individuais que temos no plantel. A meu ver, a partida de ontem deixou essa observação bem evidente. Basta acompanhar as jogadas que resultaram em gols: só na base de lances individuais.
A meu ver o principal problema está no coração do time. O meio campo não está compactado, há um buraco enorme entre ataque e defesa e o esquema com três volantes, que jogam enterrados na frente do sistema defensivo, irá matar qualquer meia armador que jogue na função. Se não aproximar um jogador para ajudar o camisa 10 a distribuir o jogo, essa dificuldade se arrastará até o fim da temporada. O que impressiona é que mesmo jogando com três cabeças de área, o time adversário chega ao gol de Wilson com extrema facilidade.
E pra piorar, os laterais não dão suporte ofensivo suficiente, o que seria uma solução para desafogar um pouco o meio. E mesmo com essa falta de apoio ao ataque, conseguem deixar uma avenida para os adversários avançarem rumo a nossa defesa. Não há sintonia com a zaga, que bate cabeça durante os noventa minutos.
É nessa hora que o treinador faz a diferença. É a hora em que Branco deve justificar o motivo pelo qual a diretoria o trouxe. Entendo que é muito complicado montar um time novo depois de uma debandada tão grande (leia-se desmanche) como aconteceu ano passado.No entanto parece que Branco optou em seguir pelo caminho mais difícil para executar essa árdua tarefa.
E mesmo assim, Branco é o profissional mais indicado para fazer a montagem do novo Figueirense?
A insistência em alguns atletas que demostram não ter a mínima condição de jogar com a camisa alvinegra (Pablo, por exemplo), o posicionamento do time e as alterações confusas e equivocadas no decorrer das partidas põem em dúvida se realmente o atual comandante alvinegro está preparado para tal atribuição. A falta de experiência pesa muito nessas horas, o tal do feeling de técnico que Branco não tem ainda. Um grande jogador ou um competente dirigente não gabaritam ninguém a se tornar um bom treinador, definitivamente.
Minha visão das coisas até este momento pode estar errada. Não tenho solução pra tudo e nem sou o dono da verdade. Contudo é evidente e necessário que se façam mudanças no time. Caso contrário, o ano será assim, com forte emoções até o final da temporada.
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