18 outubro 2009

10 vezes Schwenck !


Quando foi anunciado no começo deste ano como reforço para o ataque, alguns torcedores gostaram, outros nem tanto. A parte da torcida que foi favorável a vinda de Schwenck em 2009 certamente lembrou de um passado recente quando ao lado de Cícero, Soares e companhia, o artilheiro fez parte do timaço de 2006. Shrek, apelido carinhosamente dado pela nação alvinegra, era o homem-gol, o matador do time. Em 35 jogos disputados na Série A do mesmo ano, balançou 15 vezes a rede adversária.
No início, o retorno ao Furacão Alvinegro não foi tão empolgante. Tendo como parceiro Rafael Coelho, alternava entre atuações discretas e medianas, um golzinho ou outro pintava. Estava em dívida com o torcedor. A dupla não vingava. Schwenck não era nem a sombra daquele goleador que já havia passado por aqui. Talvez até pelo esquema tático montado por Pintado e posteriormente por Roberto Fernandes não favorecesse muito seu estilo de jogo. Com Roberto Fernandes, Schwenck já teve a função, em alguns jogos, de criar as jogadas de ataque, invertendo totalmente os papéis. Um atacante virando meia de criação?! Como um matador, um jogador de área, pode realizar a função de distribuir e organizar jogadas ofensivas? É mais ou menos como um poste mijar num cachorro.
Veio a lesão que o afastou por um bom tempo dos gramdos e a troca de comandante. Após esses episódios, Schwenck vinha mostrando a cada jogo que entrava, quando colocado na posição certa, que o "velho" atacante de 2006 estaria retornando de vez. Com a contusão de Rafael Coelho, a responsabilidade aumentou, ainda mais pelo fato de alguns acreditarem que o Figueira sofria  de Coelhodependência. Hoje, sabemos o quanto isso é falso. Desde então, Schwenck vem subindo de produção e até o presente momento  já anotou dez gols, sendo o vice-artilheiro do time na competição, um a mais que Fernandes e dois a menos que Coelho.
Ele tem suas limitações é verdade. Não é aquele jogador de lances elásticos, de jogadas de efeito. Porém,  algumas virtudes são inegáveis e inquestionáveis em relação ao seu comportamento em qualquer partida: raça, garra e vontade nunca faltaram para Schwenck. Com essas três qualidades mais o faro de gol aguçado do momento e junto com a volta da velocidade e habilidade de Rafael Coelho, o ataque alvinegro ficará  ainda mais forte, dando muita dor de cabeça aos seus marcadores. Não tenho dúvidas que na fase atual que vive o Figueirense, a "velha nova" dupla de ataque dará muitas alegrias ao torcedor neste ano.

Zagueiros e goleiros que se cuidem: Schwenck vem aí!

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