Um jogo fraco tecnicamente. Certamente uma das piores partidas do Figueirense na Série B. Um primeiro tempo irritante, um segundo tempo tenso, nervoso mas que terminou com um final feliz para a torcida alvinegra . Não tenho dúvida que foram os três pontos mais suados do Figueira na competição.
Ao entrar no estádio, o clima estava estranho. Alguma coisa estava errada. Nem nos outros momentos de crise que o Figueirense teve no campeonato, o ambiente estava tão carregado. Acredito que seja pelo o aumento do nível de desconfiança e descredibilidade no time;
O time, a meu ver, foi escalado de forma errada e equivocada por Márcio Araújo. Como havia dito no post de sexta-feira, o time jogaria melhor com Massari na esquerda e não com Vinícius Pacheco na ala. Lugar do Pacheco é na meia. Outra coisa: Edson não era o títular absoluto na zaga? Não foi "perdoado" e não estava relacionado após o afastamento por "indisciplina"? Por quê insistir com Régis?
No primeiro tempo, o que vi de futebol apresentado pelo Figueirense me fez lembrar os tempo de Roberto Fernandes: um time que ataca mas não chuta, pressiona mas não ameaça, cerca mas não dá o bote, late mas não morde. Um time murcho;
Até então se salvavam Wilson, Fernandes, João Filipe e Paulinho. Os demais, uma apatia total ;
E se o clima não estava bom, piorou quando o time de Bragança Paulista abriu o placar com um golaço logo no início da etapa final;
Não acreditava no que via. Não podia acreditar que o fim do Figueirense na Série B seria num jogo tão trágico e melancólico como o de sábado;
Foi quando aquela frase cantada nas arquibancadas tomou conta de tudo e de todos no Scarpelli: "a força que ela tem ninguém explica". E serviu tanto para a camisa como para a torcida;
Mesmo em desvantagem e num momento delicado, o torcedor cantava com mais força, a magia da camisa alvinegra surgiu e os jogadores, iniciados pelos quatros citados acima, uniram as forças e foram sufocar de vez o time do Bragantino;
Tanto foi verdade, que mal saiu o gol dos paulistas, o Figueira empatou com um gol contra (chorado) do zagueirão;
O Figueira melhorou com as entradas de Massari, Douglas e Marcelo. O time prendia mais a bola no ataque e pressionava com mais perigo o adversário;
Só não entendi a opção de tirar Toninho, que vinha bem na partida. Mais uma vez pergunto: Por quê insistir com Régis?
E foi numa jogada de Marcelo, que encontrou o bico da chuteira de Rafael Coelho na área e decretou a vitória alvinegra. Depois disso, foi esperar o tempo passar para comemorar a suada vitória. Ufa!
Foi no sufoco. Pouco importa se não apareceu o futebol esperado como todos desejavam ver. Penso que o mais importante foi ver a garra e força de vontade dos jogadores de superar a apatia instalada na equipe naquele momento do jogo. O importante foi ver o comprometimento de Wilson e Fernandes com o torcedor. O que valeu foram os três pontos que nos deixaram colados, mais uma vez, no Atlético-GO.
Vai ser assim de agora em diante. Futebol de resultado. O espetáculo terá que ficar por conta do torcedor nas arquibancadas.
Sábado, mais do que nunca, é preciso da energia do todos. É dia de 19 mil apaixonados empurrarem o Figueirense de volta para a Série A. Tenho a certeza que a torcida alvinegra voltou a acreditar e confia no acesso. Prova disso foi o coro que ecoou por todo Orlando Scarpelli no final da partida.
Ahhhhh Eu acredito!!!!
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