Um jogo que fez jus ao nome que leva: um clássico;
Ontem quando me deslocava ao Scarpelli, por tudo o que ouvi e vi da imprensa local e de alguns torcedores, tive a impressão de que iria presenciar um jogo histórico: o Figueirense jogaria contra o Real Madri e levaria uma goleada inesquecível;
Depois de levar (mais) um gol por falta de atenção logo no início do primeiro tempo, o Figueirense foi com tudo pra cima do adversário. Pressão até o fim. Um verdadeiro massacre. Tanto fez que conseguiu a virada;
Se o placar do fim da etapa inicial fosse 5x1 para o Figueira, estaria dentro da normalidade pelo o que foi visto, não seria nenhum absurdo um placar elástico;
Lucas deitou e rolou na Av. Uendel, nº 6. Fez o que quis nas costas do jogador do time do manguezal;
A experiência e qualidade de Bilú fizeram a diferença no alvinegro. O veterano jogador chamou a responsabilidade e o meio campo do Figueirense se comportou muito bem, seja defendendo ou atacando. Até Maicon e Coutinho fizeram grande primeiro tempo também;
William, que fez muito pouco contra o Metropolitano, foi um dos melhores em campo no jogo de ontem. Muita velocidade e bastante mobilidade. A defesa adversária não conseguiu parar o garoto. Sua bela atuação foi premiada com dois gols, o primeiro uma pintura. Será o novo Rafael Coelho do ataque alvinegro?
O craque (???) Sávio não mudou nada: Continua sendo o mesma enceradeira e cai-cai de sempre. Nunca foi um jogador de encher os olhos, não vai ser agora que irá arrebentar;
O Figueirense tinha a cara do treinador Márcio Goiano: muita raça, garra e determinação. Escalou muito bem o time com três zagueiros altos e fazendo com que Bilú articulasse e organizasse as jogadas, além de colocar William ao lado de Júnior Negrão. Só Renê Weber não via a necessidade de mudanças, tanto no esquema de jogo quanto no posicionamento e troca de alguns jogadores. Um bom começo para o interino que poderá ser efetivado.
Já no segundo tempo, faltou gás ao Figueirense. O time cansou. Apenas se defendeu. Criou muito pouco, mas mesmo assim, teve chances de liquidar a fatura. Conseguiu segurar a vitória até o finalzinho, quando nos acréscimos levou o gol de empate;
Aliás, Diego Paulista...por favor! Que penalti infantil! Faltou maturidade. Aí fica difícil...
Célio Amorim e sua dupla de auxiliares foram extremamente infelizes ontem. O critério ficou no vestiário. Marcou impedimentos inexistentes quando o Figueirense partia cara a cara contra o goleiro Zé Carlos, as mesmas faltas e cartões aplicados em benefício do time do Carianos não eram adotados para o Figueirense, era jogador do azuleijento batendo falta com bola rolando, gritando no seu ouvido e ele nada fazia, parou um lance de contra-ataque (3 alvinegros vs. 2 azuleijentos) para aplicar um cartão contra o time do lado de lá. Um mar de lambanças. No final a consciência pesou. Deve ser por isso que não marcou uma penalidade a favor do lado de lá;
A torcida alvinegra deu um show nas arquibancadas com os sinalizadores. Se atrapalha o jogo ou não, é outra história. Se aquela meia dúzia de liquinho e pomboca acessa da torcida do mangue é o tal do on fire, o que dizer então do espetáculo promovido pela Gaviões e o pessoal do setor C?
Agora hilariante foi ver o jornalista Fábio Machado escrever em seu blog que a torcida do Figueirense não é criativa. Ora, deprimente é ver uma torcida copiar as músicas que inúmeras torcidas do país cantam. Originalidade zero. Como frequentador assíduo do Orlando Scarpelli há muitos anos, posso afirmar com toda a certeza que as últimas músicas criadas não foram cantadas por nenhuma outra torcida, foram criações próprias do torcedor. Copiar agora é ser criativo?
Clássico é clássico e vice-versa!
Um comentário:
Parabéns, belo texto.
Creio que nossa torcida "está voltando", a tempo não a via tão empolgada, com tanta raça e emoção.
Agora, sob o comando de Márcio Goiano espero que nossa time também "volte".
Dimaris
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